quarta-feira, 13 de abril de 2016

Fran Ventoso dá um feedback sobre os freios a disco

Foto da página Fran Ventoso

O atleta da equipe Movistar, FRANCISCO VENTOSO "Fran Ventoso" resolveu dar um feedback sobre os freios a discos em bicicleta de estrada. De acordo com seu relato, teve um acidente na prova Paris-Roubaix, onde ele cortou-se joelho com freio a disco. Embora há controvérsias quanto a seu relato na carta em que o diretor da Lampre se manisfestou ao contrário.
Veja a carta que ele postou em seu perfil do Facebook:(tradução automática do Google)
"Carta aberta. Fran Ventoso.

Sobre os travões de disco.

Há treze anos no ciclismo profissional e outros tantos em categorias inferiores. Sim, vinte e seis anos sobre a bicicleta, cada dia treinando e curtindo o que mais gosto, da minha paixão. Desde os seis anos tenho competido, continuo fazendo e gosto muito. Feliz por ter feito da minha vocação minha profissão.
Como qualquer esporte, o ciclismo evoluiu em muitos aspectos técnicos... E em outros, nem tanto.
Em todos esses anos tenho visto melhorias no material: primeiro, o aço; depois, o alumínio; e mais tarde, o carbono. Este último chegou para ficar, graças às suas características técnicas de rigidez e leveza. Também vi como foi passado dos rastrales aos pedais, muito mais confortáveis, eficazes e seguros. Das chichoneras passámos para capacetes cada vez mais leves, com desenhos espetaculares e, além disso, com todas as garantias de segurança.
Também vi um avanço muito importante nos desenvolvimentos. Minha primeira bicicleta tinha um prato e três pinhões; agora já lá vão dois pratos, até três, e onze pinhões... E de certeza que não acaba aqui. Tudo isso, com um sistema de ensaio e erro, nada fácil. Lembro-me das primeiras rupturas de cadeia quando passou para os dez pinhões: algo como elos que se abriam, por materiais que não eram completamente confiáveis (ainda acontece). Podemos falar também da revolução que representou o câmbio eletrônico. No início todos nos surpreendeu e que julgávamos (não é necessário, pode falhar, as baterias, minha bicicleta ligado à rede...). Agora, não imaginamos a bicicleta sem isso.
Há um par de anos começaram a ver as primeiras bicicletas com travões de disco em cyclocross, e há rumores que cabia a possibilidade que se começassem a testar em competições de ciclismo de estrada.
Quero dizer, antes de mais nada, que sou o primeiro a recomendar os travões de disco, quer seja para cyclocross ou para um ciclodeportista que sai com seus amigos para desfrutar do nosso esporte.
Mas em competição profissional... De verdade alguém pensava que não ia acontecer? De verdade ninguém pensou que são perigosos? Que cortam, que são verdadeiras lâminas gigantes?
Na passada Paris-Roubaix, só duas equipas os usaram. Duas equipas com oito ciclistas respectivamente. No total, dezasseis ciclistas que trasportaban trinta e dois discos no pelotão. Pois bem: em um trecho de abrirá, no km 130 especificamente, ocorre alguns poucos, e de repente, que me faz bater por trás ao corredor que tenho diante de mim, que tentava livrar da queda. Não chego a cair-só a minha perna toca sua parte traseira da bicicleta-e continuo. O pouco de retomar a marcha, olho-me a perna: não dói, não há muito sangue, mas observo que parte do periósteo está exposta. Vejo a capa que cobre a minha tíbia. Me afasto para a direita, eu tiro no Gramado, sinto minhas mãos na cara, começo a ficar enjoado... Estou à espera do meu carro de equipa e a ambulância, enquanto me passam muitas coisas pela cabeça.
Má sorte? Me tocou a mim? Acho que não: aos poucos quilómetros confirma-se o que penso.

Quinze quilômetros mais tarde entra na ambulância nikolas maes, da equipa etixx. Ele tem um corte profundo em um de seus joelhos, produzido por um disco, um desses trinta e dois. A pergunta é imediata: o que acontecerá quando tiver 396 discos em uma corrida onde os 198 ciclistas lutamos pela posição e as quedas são inevitáveis?
Os discos nunca deveriam ter chegado ao pelotão profissional, pelo menos como os conhecemos até este momento. Pelo menos até que contem com sistemas de segurança e protecção que não os tornem verdadeiros facas instalados em bicicletas.
No entanto, há problemas para mudar as rodas depois de um pneu furado; problemas para os carros neutros em caso de ser um momento em que o teu carro de equipa não pode te ajudar... E o mais importante: são lâminas, que a determinadas velocidades se transformam em verdadeiros catanas. Há corridas em que alcançamos velocidades máximas de 80, 90 e até 100 quilômetros por hora.

Eu tive sorte: é apenas a perna, só músculo e pele. Imagina um disco em uma jugular, numa femoral? Não: melhor não imaginar.
E tudo isto acontece porque a associação de corredores internacional (CPA), Associações de corredores nacionais, federações nacionais e internacionais, equipamentos e, sobretudo, nós, os ciclistas profissionais, não fizemos nada. Mas agora agir e colocar bom senso o que é uma prova. Sempre pensamos que enquanto não nos aconteça a nós não é um problema. Esperamos que aconteçam coisas para tomar medidas. Antes ou depois nos pode tocar a qualquer um: são probabilidades, todos temos as mesmas. Os profissionais devemos ver mais longe do nosso próprio umbigo, e eu uso esta expressão para que fique bem claro. Outros dizem-nos que temos que fazer, mas não podemos esquecer que nós devemos e temos a decisão de escolher.

Os discos cortam. Foi a minha, mas pode ser a de qualquer um."

Open Letter: Fran Ventoso.

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